Quinta da Ribafria, Sintra, Portugal [En-Pt]

Um dia da semana passada, recebi um convite para ir a um jantar de aniversário para os lados de Sintra. Como eu ainda moro um pouco distante dessa localidade, e como nesse dia tinha tirado o dia de folga, decidi ir mais cedo (cerca de três horas antes do combinado), e descobrir um pouco da magia do local.

Quem já visitou o meu país, muito provavelmente deve também ter visitado Sintra. Lugar de grande valor patrimonial, paisagístico, arquitectónico e histórico!

Já tinha me deslocado a esta quinta anteriormente, num evento que decorreu numa das áreas descampadas da sua entrada, mas não tive nessa ocasião de descobrir por mim tudo o que havia para ver.

Quem me conhece sabe que eu gosto de explorar os espaços, deixar-me levar um pouco pelas opções que vão surgindo, sem ter a pressão de fazer o que está mais documentado, ou o que é inicialmente mais "interessante".

Chegado ao local, apercebi-me que tinha pouco mais do que hora e meia para explorar com calma a Quinta.

Para visitar o Palácio, apesar de parece muita interessante, não me despertou tanta curiosidade, tendo optado por tomar o caminho que ficava imediatamente à minha direita, após passar uma pequena ponte, que atravessava o Riacho que provavelmente dá o nome á propriedade.

Depois de pouco mais de um quilómetro e meio, e já tendo passado pela entrada principal do palácio, deparei-me com um caminho de terra, largo inicialmente, que me levou a percorre-lo quase imediatamente.
 
Nesse dia tinha também que fazer um pequeno vídeo para enviar à mulher de um amigo que vai proximamente comemorar o seu 50º aniversário!

Como tal procurei um ambiente mais recatado, e com uma envolvência em que não se notasse tanto a presença humana, e que não aparecessem edificações que pudessem como que mapear a minha localização... Se calhar uma paranóia, mas em certas coisas gosto que as fotografias e videos sejam de certa forma intemporais.

Noutras situações, é exactamente o contrário. E procuro que exista um pequeno apontamento que de como que um selo do tempo ou da localização.

Enquanto fui subindo pela encosta, percorrendo o caminho de terra, que gradualmente se tornou mais estreito, e coberto de vegetação e silvas, acabei por chegar a um pouco de intersecção onde me deparei com uma placa que estava no chão, e pintado em azulejo estava a indicação do caminho a seguir para ir ter a uma capela e para a outra direcção o que parecia ser o símbolo de um miradouro.

Num primeiro impulso, e como tinha o tempo mais ou menos contado, pensei em ir visitar o miradouro, mas algo me levou a escolher exactamente o outro caminho... e ainda bem!

Após uns metros, cerca de 150 metros, cheguei a um monte, onde estava a tal edificação religiosa que estava indicada anteriormente.

A capela, com alguns símbolos religiosos no seu exterior, e com poucos sinais de abandono, estava mesmo ali, à minha frente.
A porta de entrada estava encerrada por um gradeamento de ferro, antigo, mas cuidado, e dava para olhar para o seu interior.

Pensei que não conseguisse registar com a minha câmara do telemóvel, visto que era o interior, e não estava muito bem iluminado, como devem calcular, mas as fotografias até acabaram por sair mais ou menos bem... Claro que há alguns movimentos de mão inevitáveis, pois apesar de me ter apoiado nas grades, não tinha tripé, nem equipamento mais avançado para o registo.

Confesso que fiquei contente ao ver que tinha conseguido registar os azulejos com tonalidades de azul forte, que me faziam lembrar os que existem na capela onde eu assisti a tantas cerimónias enquanto era criança!

Fiz-me ao caminho, pois apenas tinha mais uns quarenta minutos.... E o caminho foi ficando mais interessante, com silvas e plantas silvestres secas pelas condições climatéricas, prontas a lançarem as suas sementes, para daqui por seis meses voltarem a brotar da terra com a força e a energia verdejante que as caracteriza.

Tentando regressar ao ponto de partida, ainda passei por uma parte do caminho onde conseguia ver a Serra de Sintra, e o céu lindo acima da minha cabeça...

E foi nesta localização que decidi gravar o pequeno vídeo para o meu amigo.

Regressando ao pátio principal, ainda passei por um pequeno tanque, que seguramente serviria de reserva para o que poderia ser um reservatório de água para as mais variadas tarefas (jardinagem, etc), e aproveitei para tirar mais umas fotografias ao espelho de água.

Uma estátua em mármore deu o toque final que eu procurava...

Seguramente que voltarei a passear por este jardim numa altura próxima!

Espero que tenham gostado deste meu passeio pela Quinta da Ribafria.